Este talvez seja um dos quadros mais conhecidos de todos no mundo das startups e provavelmente você já deve ter ouvido falar dele em algum lugar, mas mesmo assim não deixe de ler nossos verbetes sobre o assunto. Iremos nos aprofundar em cada um deles nos próximos capítulos trazendo referências e casos de uso para que você possa ter mais exemplos de como aplicar ele em suas ideias e negócios.
Caso você não conheça não tem problema, estamos aqui para explicar. O Business Model Canvas é, como traduzido o nome diz, um quadro para modelar o seu negócio. Mas diferente de um plano de negócios mais tradicional que planeja áreas como marketing com meses e anos para frente, esse quadro documenta a percepção do que é e o que faz a empresa.
Visão de cima
A forma com que o conteúdo é gerado faz toda a diferença e afeta totalmente o resultado da empresa. Um plano de negócios gera um documento de páginas e páginas que demora algumas dezenas de minutos para ser consumido, além de ser produzido normalmente em trabalhos solitários de escrita e desenhos de análises swot. Enquanto o quadro resultado do Business Model Canvas é facil de ser consumido por estar totalmente visível. Além de também gerar interatividade na construção e explicações, compartilhando o conhecimento, alinhando expectativas e entendimento entre todos do projeto. Mais um ponto pra gestão visual aqui.
Essa visão de cima é dividida em 9 blocos e baseada em 9 áreas importantes para entender o que faz e como o seu projeto faz as coisas acontecerem.
- Proposta de valor
- Forma de relacionamento com o cliente
- Canais de contato com o cliente
- Segmentos de clientes
- Formas de receita
- Atividades Chaves
- Recursos Chaves
- Parceiros
- Estrutura de custo
Resumindo em um tweet: os blocos que ficam a direita são as formas que a empresa captará recursos e na esquerda como ela os gastará.
Pensamento de Hipótese
Acontece muito nas construções desses quadros de as pessoas que estão pensando no negócio terem uma visão inicial e otimista das necessidades do produto ou serviço que se está sendo desenvolvido.
Pensar em muitos segmentos de clientes, diversos canais, dezenas de propostas de valores e nenhuma atividade chave para cumprir todas essas necessidades de trabalho é uma coisa bem comum.
Para minimizar isso você pode pensar que cada post-it é uma hipotése e precisa ter alguma validação de que aquilo é verdade antes de encarar como verdade absoluta.
Dividir entre o que é presente e o que é passado também é uma forma interessante de se pensar. Muitas vezes temos uma visão da empresa que atinge muito mais do que estamos fazendo na atualidade e isso pode ser refletido no quadro sem problemas, desde que haja a consciência de que precisa ser validado.
Por onde começar
O Business Model Canvas deve ser considerado um documento vivo e pode ser desenvolvido e atualizado em todos os momentos do projeto, mas um momento realmente bom de se fazer é bem no início, quando se está pensando no que será desenvolvido.
Pode ser feita uma sessão de ideias para pensar em todas as possibilidades dentro do nicho de negócios, adicioná-las em um ou mais quadros e depois disso escolher um item de cada bloco para se validar no desenvolvimento de um produto mínimo viável.
Ideias geradas em sessão de idealização:
Ideias selecionadas para serem validadas em um MVP:
Com isso em mente você consegue pensar e decidir melhor quais features começar a desenvolver em seu produto ou serviço mínimo viável e ainda tem uma lista de ítens a serem testados e adicionados futuramente.
{icon=bicycle} G> ### Dica do Lucas G> Já participei de sessões utilizando o Business Model Canvas que rapidamente percebemos que o projeto não teria como ser executado. Economizamos semanas de trabalho, frustrações e alguns milhares de reais.
O Business Model Canvas serve tanto para situações positivas como negativas. Não deixe de utilizá-lo e alinhar as visões de todas as pessoas interessadas no seu projeto.